sábado, 18 de dezembro de 2010

INCLUSÃO DIGITAL

A inclusão digital ou tecnologias de informação ou infoinclusão é a mais recente revolução do mundo contemporâneo. Tem sido o desafio maior da maioria das nações a implementação e otimização desse novo modelo de crescimento sócio-econômico e cultural. Por ser algo ainda relativamente recente, tem causado dúvidas e expectativas bem diversas.
O que seria mesmo inclusão digital? Como essa inclusão digital ajudaria de forma qualitativa para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos? O que fazer para entender melhor esse mundo emergente e como mergulhar definitivamente nele? Esses são questionamentos que são debatidos neste trabalho numa tentativa de suscitar saberes em uma área tão importante.

A Inclusão Digital é atualmente a mais difundida e utilizada tecnologia de comunicação. Seu valor está baseado na revolução que esta vem fazendo nas mais diversas áreas da sociedade humana. Empresas, indústrias, escritórios, instituições financeiras, escolas (públicas e particulares), igrejas, etc. têm se voltado cada vez mais para o mundo da Infoinclusão. Mas o que seria mesmo Inclusão Digital ou Infoinclusão? Na Internet, temos a seguinte definição no site da Wikipédia:
Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida. (WIKIPÉDIA, http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclusao_digital).
Como se viu acima na definição de Inclusão Digital encontrada na Wikipédia, o tema central da definição é a expressão tecnologias da informação. Portanto, não se deve falar de inclusão digital sem se explorar nem entender bem o que seja essa tecnologia da informação. Hoje em dia esse termo é muito mais abrangente que outrora. Não se trata apenas de televisão, rádio e telefone. A gama de opções da eletrônica digital é extremamente diversificada. Gostaríamos de citar as mais divulgadas, conhecidas e utilizadas pela maioria das pessoas que as usam: os computadores pessoais, as câmeras de vídeo e foto para computador ou webcams, a gravação doméstica de CDs e DVDs, os diversos suportes para guardar e portar dados como os disquetes, discos rígidos ou hds, cartões de memória, pendrives, zipdrives, telefones celulares, TV a cabo, correio eletrônico, a Internet, os websites, home pages, dentre outros.
Entender os mecanismos de funcionamento das tecnologias de informação – estar aparentemente contemplado pela inclusão digital – não significa simplesmente saber utilizar o Windows, o Excel, o Word ou o Linux e outros. É muito mais que isso. Ora, se a pessoa que acha que manuseando um PC já pode se sentir no mundo da inclusão digital, e, em contrapartida, não consegue modificar sua condição social, seu modus vivendi, não deverá, é claro, achar que alguma mudança real aconteceu em sua vida. Essa pessoa ainda é uma, por assim dizer, analfabeta digital. Mister se faz que a inclusão digital traga mudanças sócio-econômicas às pessoas. Somente quando o mundo da tecnologia digital entra na vida de uma pessoa e lhe outorga qualidade de vida, é que essa mesma pessoa pode e deve se sentir alfabetizada nesse mundo da infoinclusão.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê–á–bá do informatiquês, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda daquele monstrengo de bits e bytes que de vez em quando trava. (REBÊLO,2005. http://webinsider.uol.com.br/2005/05/12/inclusao-digital-o-que-e-e-a-quem-se-destina/).

Cabe ressaltar ainda que em nível de sociedade, há de se convir que as tecnologias da Informação têm contribuído em muito para que estas mesmas sociedades dêem um salto quântico em todas as áreas do conhecimento. Como exemplo poderíamos citar as sociedades de países como a Índia, a Alemanha e os Estados Unidos. Áreas como Engenharia, Medicina, Física, Comunicação, dentre outras têm feito grandes progressos graças aos avanços do mundo digital. Sem falar nos avanços do mundo da globalização que só se tornaram viáveis por conta das redes de comunicação das empresas transnacionais e dos negócios milionários facilitados pela Internet e por outros meios de tecnologia informacional.
Atualmente há vários programas de inclusão digital no Brasil. Desde programas que partem de iniciativa do Governo Federal até programas de iniciativa privada. Um exemplo desses programas é o Projeto Ação Digital Nordeste de iniciativa da Rits e que conta com o apoio da Interamerican Foundation e da tão conhecida IBM, de iniciativa privada. O objetivo deste projeto é fortalecer institucionalmente pequenas organizações não-governamentais do Nordeste brasileiro através da provisão de equipamentos, capacitação em informática e tecnologias de informação e comunicação, além de conexão à Internet. Outro exemplo seria o programa de inclusão digital do Governo Federal para o Ministério da Educação. Esses programas incluem formação continuada para os professores da Rede Pública dos Estados brasileiros na área de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). No Ceará, esse programa é conhecido pelo nome de e-ProInfo. É composto por dois Web Sites: o site do Participante e o site do Administrador.
Há um outro programa de inclusão digital do Governo Federal chamado de CRID (Centro Rural de Inclusão Digital). Esse programa é preferencialmente aplicado nas áreas rurais de assentamentos e abrange as mais variadas faixas etárias e tem como objetivo intensificar e melhorar a informação e comunicação via Internet no meio rural.
Finalmente, acreditamos que a partir de uma pesquisa de campo poderíamos descobrir as necessidades, curiosidades e carências de estudantes e profissionais das mais diversas áreas do nosso município. Isso seria feito através de uma sondagem dentro do ambiente de trabalho desses profissionais e dentro da escola. Como exemplo poderíamos citar os seguintes ambientes: padarias, confeitarias, oficinas mecânicas, comércios em geral, cartórios, farmácias, dentre outros. A sondagem seria a partir de uma enquete cujas perguntas estariam direcionadas para a tentativa de se descobrir como as tecnologias digitais poderiam transformar significativamente o dia-a-dia do labor desses profissionais. O passo seguinte seria proporcionar o local onde essas pessoas poderiam estudar essa nova tecnologia e como aplicá-la no seu trabalho. Para isso se faria um projeto por escrito e tentar-se-ia encontrar apoio para financiar tal projeto. Isso poderia ser feito através de uma parceria com a Associação dos Comerciantes também com a Prefeitura Municipal, escolas de ensino fundamental e médio e Associação de Moradores de diversas localidades do Município.

Compreender ou falar de inclusão digital diz respeito a questões muito mais complexas do que simplesmente falar de computadores ou telefonia. Requer que se entenda as questões de inclusão e exclusão sociais. Uma sociedade em que as pessoas, em sua maioria, estão à margem dos valores básicos como um salário digno, por exemplo, é uma sociedade inapta a oferecer inclusão digital a seus indivíduos.
Acreditamos que iniciamos uma nova era do conhecimento e da comunicação. Uma verdadeira revolução: a Infoinclusão. Somos sabedores de que sem essa “ferramenta” seria como na época da Revolução Industrial não se contar com a “ferramenta” eletricidade. Hoje o que conta é a fluidez, a rapidez, o manuseio do saber através dos links, dos hipertextos, da notícia, da descoberta e do discurso em tempo real a todos os povos e nações. Tudo em três dimensões, imagens absolutamente nítidas e precisão “cirúrgica” em gráficos, projetos, etc.
Portanto, cabe a nós, estudiosos e profissionais, contribuir para acelerar esse processo de crescimento, intensificando a busca pela inclusão digital através, principalmente, da cobrança aos órgãos competentes do Governo e da sociedade em geral.







R E F E R Ê N C I AS B I B L I O G R Á F I C A S

REBÊLO, Paulo. Inclusão digital: o que é e pra quem se destina? Disponível em:
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Inclusão digital. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital>